Na verdade, este foi o segundo leilão de ações do Banrisul neste ano, sendo o primeiro no dia 10 de abril, quando o Governo do Estado, através do banco, vendeu 26 milhões de títulos preferenciais (sem direito a voto), que renderam R$ 484, 9 milhões.
As duas transações apresentaram vários pontos nebulosos, chamando a atenção também do Ministério Público de Contas, o TCE e Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a partir de denúncia das entidades de bancários e dos próprios banrisulenses.
Venda sem "fato relevante”
Um dos pontos que chamou a atenção foi a realização de leilão de ações sem a indispensável comunicação de "fato relevante” ao mercado. Outro fator não explicado convincentemente foi a contratação do banco BMG Pactual para realizar a transação em bolsa de valores, quando o Banrisul possui a própria corretora. Há ainda o fato de a negociação, por parte do banco, ter sido coordenada por um diretor que após uma carreira no Banrisul ter sido funcionário graduado do BMG Pactual e recentemente ter voltado ao banco público para coordenar a operação de venda das ações…
O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, lembra que o Sindicato chegou a fazer denúncia diretamente a CVM, no Rio de Janeiro, que aceitou a argumentação e abriu inquérito para investigar as irregularidades das operações feitas pelo Banrisul.  Informações: SindBancários Porto Alegre |