"Temos que fazer uma rebelião para garantir o Estado
Democrático de Direito e não vamos deixar os capitalistas rasgarem a
Constituição. Eles serão derrotados nas ruas se não recuarem. Vamos
desautorizar o TRF-4”, avisou Freitas. O ato aconteceu na sede da CUT e teve a
presença mais de 500 pessoas, entre lideranças políticas e dos movimentos
sindical e sociais.
"A CUT nasceu defendendo a democracia e, por isso, este é o
local adequado para este ato de resistência aos ataques golpistas contra os
trabalhadores e contra Lula”, destacou Freitas.
Insegurança jurídica e social
Para ele, a decisão do TRF-4, de Porto Alegre, de manter a
condenação do ex-presidente trouxe ainda mais insegurança jurídica e social
para o Brasil, que desde o golpe de 2016 também vem atravessando um grande
revés econômico.
"Será que os capitalistas brasileiros, que foram os pais do
golpe, acham que vão ter condições de crescer com o país arrebentado e com os
trabalhadores descontentes?”, indagou o presidente da CUT. Ele completou,
referindo-se aos banqueiros e alto empresariado:
"Vamos fazer greve nos bancos de vocês, vamos fazer greve
nas empresas de vocês, vamos fazer greve no agronegócio. O desempenho das
empresas vai cair ainda mais, porque vocês arrebentaram as relações de trabalho
e ganharam ainda mais insegurança jurídica. E a greve do dia 19 será ainda
maior do que a de 28 de abril de 2017, quando 45 milhões de trabalhadores
cruzaram os braços”.
Lula é o candidato do povo
A mesma indignação externada por Vagner permeou a
intervenção de João Pedro Stédile, coordenador nacional do Movimento dos
Trabalhadores Sem Terra (MST), no ato desta quinta: "No TRF-4 o jogo era deles,
deixando mais claro que o Poder Judiciário é contra o povo, que não tem
compromisso com o Brasil. Isso não vai nos intimidar. Saímos mais revigorados”.
O líder do MST disse ainda que "quem escolheu Lula como
candidato foi o povo e não o PT”, mandando outro recado ao Judiciário e aos
golpistas: "Não pensem que vocês mandam no País. Nós vamos impedir que Lula
seja preso”.
Dia Internacional da Mulher
Stedile também avisou que no dia 19 o Brasil vai parar com a
greve geral contra a reforma da Previdência e convocou as trabalhadoras a
fazerem uma enorme mobilização no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Ele anunciou ainda que os movimentos sociais e entidades
sindicais que integram a Frente Brasil Popular realizarão, em abril e maio,
congressos do povo em todas as cidades para discutir os rumos do país.
Congressos do Povo
Em junho, ainda segundo ele, serão feitos os congressos
estaduais e, em julho, um grande congresso nacional, no Estádio do Maracanã, no
Rio de Janeiro, para definir a plataforma nacional dos trabalhadores.
Já o representante da Central dos Movimentos Populares,
Raimundo Bonfim, reforçou que o povo brasileiro não vai se aquietar. "Não vamos
obedecer a farsa construída no dia 24 pelo Judiciário. Não há outro caminho
senão o povo nas ruas, senão a desobediência civil”, concluiu.
Fonte: Imprensa SindBancários com CUT Nacional |