A lista para a população assinar estará disponível até o dia 27 de novembro, estão disponíveis no Sindibancários (Rua Sete de Setembro, 489).  A ideia é envolver toda a categoria e os inúmeros setores da sociedade que serão atingidos com a venda do banco, em ações imediatas e incisivas na defesa incondicional do Banrisul como patrimônio público e ferramenta importante para o desenvolvimento do estado e para a promoção da igualdade social.

O Banrisul hoje está presente em municípios distantes e isolados dos grandes centros urbanos, sendo que em 97 deles é a única agência bancária, que atende em sua maioria a população carente. Com a privatização, essas pequenas agências e postos espalhados no interior do estado, seriam fechados, obrigando a população local a se deslocar para outras cidades. 

 

A última venda de ações do Banrisul ocorreu durante o governo Yeda, em julho de 2007. Segundo o Tribunal de Contas, a medida rendeu R$ 800 milhões ao banco e R$ 1,29 bilhão ao Estado, em valores da época, e cerca de R$ 1,44 bilhão e R$ 2,16 bilhões em valores atuais. Antes disso, o Estado do Rio Grande Sul tinha 99,4% do capital total do Banrisul. Após, passou a ter 56,97% e perdeu 43% dos dividendos distribuídos pelo Banrisul a seus acionistas. 

Em dez anos, o Estado recebeu do Banrisul R$ 1,9 bilhão em lucros e dividendos (57% do capital). No entanto, se mantivesse 100% do capital teria recebido R$ 2,8 bilhões. A sociedade gaúcha, portanto, já perdeu R$ 843,5 milhões com a venda de 2007. 

A partir destes dados, pode-se inferir que, na última década, caso o governo gaúcho tivesse 26% do capital do Banco, teria recebido apenas  R$ 702,9 milhões em dividendos dos R$ 2,8 bilhões que o banco rendeu.

Lucro do Banrisul 

Nos últimos nove meses, o Banrisul obteve lucro de R$ 536,7 milhões. Excluindo as despesas com plano de aposentadoria voluntária e efeitos fiscais, o valor sobe para R$ 587,9 milhões, 18,9% acima do apurado no mesmo período do ano passado. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio foi de 12,1%. O patrimônio líquido teve crescimento de 4% em um ano, com o patrimônio líquido atingido R$ 6,7 bilhões em setembro de 2017. A expansão foi de R$ 259,0 milhões. Os ativos totais apresentaram saldo de R$ 71,3 bilhões em setembro de 2017, crescimento de 5,1% em relação a setembro de 2016.

 

Informações: SindBancários Santa Cruz do Sul e Região