Representantes da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público, da Fetrafi-RS e do SindBancários se reuniram na manhã desta quarta-feira, dia 08 de novembro, com o presidente da Famurs, Salmo Dias de Oliveira. O encontro aconteceu na sede da entidade que representa os municípios gaúchos, localizada em Porto Alegre. Na pauta do encontro, os impactos que a venda das ações do Banrisul terão na vida dos gaúchos, especialmente os que residem nas localidades onde o banco é a única instituição bancária. Coordenador da Frente Parlamentar, o deputado estadual Zé Nunes (PT) disse que o apoio da Famurs e dos municípios é muito importante neste momento para enfraquecer a ideia do governo Sartori de vender as ações do banco. "O que está se construindo, com isso, é a privatização do Banrisul. Queremos que os prefeitos e os municípios entendam a gravidade desta situação e lutem conosco para evitar isso”, afirma. |
Representantes da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul
Público, da Fetrafi-RS e do SindBancários se reuniram na manhã desta
quarta-feira, dia 08 de novembro, com o presidente da Famurs, Salmo Dias de
Oliveira. O encontro aconteceu na sede da entidade que representa os municípios
gaúchos, localizada em Porto Alegre. Na pauta do encontro, os impactos que a
venda das ações do Banrisul terão na vida dos gaúchos, especialmente os que residem
nas localidades onde o banco é a única instituição bancária. Coordenador da
Frente Parlamentar, o deputado estadual Zé Nunes (PT) disse que o apoio da Famurs
e dos municípios é muito importante neste momento para enfraquecer a ideia do
governo Sartori de vender as ações do banco. "O que está se construindo, com
isso, é a privatização do Banrisul. Queremos que os prefeitos e os municípios
entendam a gravidade desta situação e lutem conosco para evitar isso”, afirma.
O Banrisul está presente em 430 municípios gaúchos, dos
quais 96 de forma exclusiva. Esses 96 municípios não dispõem de nenhuma outra
agência de banco, público ou privado, a não ser do Banrisul. O diretor da
Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha, informou que 87% dos correntistas do banco
recebem até três salários, perfil que não atende interesse dos bancos privados,
por exemplo. Segundo ele, o enfraquecimento do Banrisul teria como primeira
medida o fechamento de agências nos menores municípios, o que forçaria o
deslocamento dos moradores para cidades vizinhas. "Pequenos correntistas,
servidores públicos e os municípios gaúchos serão os mais afetados com a
possível privatização do banco”, informou. Complementando a importância do
Banco para o Rio Grande do Sul, a diretora da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg
Corrêa, informou que hoje 90% do PIB gaúcho passa pelo Banrisul, de alguma
forma. "É isso que a banca privada está de olho”, completou.
O presidente do SindBancários, Everton Gimenes, lembrou que
a privatização do extinto banco Meridional, em 1997, provocou a demissão de cerca
de 10 mil funcionários do banco no Rio Grande do Sul. A mesma situação pode
vir a ocorrer com a venda do banco público. "As prefeituras dependem muito do
Banrisul para sua bancarização, para seus repasses e seus negócios, inclusive o
comércio e a agricultura. O apoio da Famurs vai ajudar muito nesta luta pela
defesa do Banco”, afirma.
No fim do encontro, representantes da Frente Parlamentar em
Defesa do Banrisul Público entregaram uma carta endereçada aos prefeitos
gaúchos e uma cartilha com dados do Banco ao presidente da Famurs. Salmo Dias
de Oliveira garantiu que um dossiê será enviado aos prefeitos sobre a venda das
ações do Banrisul e que o assunto será debatido na próxima assembleia da
entidade, que acontece dia 1° de dezembro. |