Ao se submeter aos grupos conservadores, o banco de matriz espanhola não só autoriza a volta da Censura no Brasil, como mostra que seu apoio a arte e a cultura, na verdade não passa de um lance de “marketing” para o grande público. Enquanto esta instituição financeira bilionária, espalhada pelo mundo, finge dar grande apoio a arte, internamente ela segue explorando seus empregados, paga mal e pratica assédio moral ao impor metas abusivas para os bancários. Ao aceitar a censura sobre a arte, o banco expõe a sua própria prática dentro de cada agência bancária, onde são frequentes os casos de preconceito e discriminação de bancários negros, LGBTs, pessoas com deficiência, colegas mulheres e outras chamadas minorias. Qualquer ato de intolerância não serve aos trabalhadores. Vale ressaltar ainda que este caso de autoritarismo na exposição de arte também é consequência do clima de golpe institucional que o Brasil vem vivendo sob o desgoverno de Michel Temer, após o impeachment da presidenta Dilma em abril de 2016, por um Congresso majoritariamente corrupto. O ato do Santander, ao cancelar a exposição artística, não surpreende o Sindicato e os seus trabalhadores. Todos conhecemos a verdadeira cultura do banco Santander. *SindBancários |