Economia | 17/07/2017 | 11:07:44
'É a maior recessão na história do país', alerta professor Pedro Fonseca
15ª Plenária Estadual da CUT debateu conjuntura política e econômica
 
 

"É a maior recessão da história do país com 14 milhões de desempregados e com o PIB mais baixo dos últimos anos”, alertou o professor da UFRGS, Pedro Fonseca, ao falar na primeira mesa "A Classe Trabalhadora em um Contexto de Golpe e de Ataque aos Direitos”, na 15ª Plenária Estadual/Congresso Extraordinário da CUT-RS, realizada no início da noite desta sexta-feira (14) no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Para o professor, os governos Lula e Dilma tinham um projeto de distribuição de renda, mas não de desenvolvimento. Fonseca apresentou e comparou os índices de desindustrialização do Brasil com outros países. "Em qualquer parâmetro, o nosso cenário é horrível e fica claro que não temos um programa de desenvolvimento industrial”, disse.

"Inúmeros países tiram os investimentos públicos do cálculo do déficit primário. No Brasil tiraram os juros e isso é uma aberração. Precisamos discutir por que o capital financeiro fica fora do déficit”, apontou.

Segundo ele, "é óbvio que, se o PIB cai, se a renda cai, o governo não arrecada. Mas a solução para superar isso está nos investimentos públicos”, explicou. É preciso atualizar o conceito, pegar o que aprendemos e avançar. Baixar juros, taxar impostos e alterar as alíquotas do imposto de renda foram apontadas pelo professor como oportunidades para mudanças.

"É possível um projeto autônomo de desenvolvimento? Globalização e financeirização são entraves a um projeto de desenvolvimento?”, provocou ao citar o plano Brasil Nação, liderado pelo economista Bresser Pereira, como uma alternativa de projeto.

Fonseca ressaltou que "estamos perdendo uma das poucas coisas que tivemos”: o crescimento com o distribuição de renda. "A atual política já está demonstrando o que significa, pois estamos numa reversão e podemos voltar muito atrás do pouco que conseguimos”, concluiu.

Olhar o movimento sindical

A secretária nacional de Formação da CUT, Rosane Bertotti, contou como se deu a construção do congresso extraordinário. "Estamos num momento único da nossa história. Talvez, o momento mais difícil”, afirmou.

Para o professor, os governos Lula e Dilma tinham um projeto de distribuição de renda, mas não de desenvolvimento. Fonseca apresentou e comparou os índices de desindustrialização do Brasil com outros países. "Em qualquer parâmetro, o nosso cenário é horrível e fica claro que não temos um programa de desenvolvimento industrial”, disse.

"Inúmeros países tiram os investimentos públicos do cálculo do déficit primário. No Brasil tiraram os juros e isso é uma aberração. Precisamos discutir por que o capital financeiro fica fora do déficit”, apontou.

Segundo ele, "é óbvio que, se o PIB cai, se a renda cai, o governo não arrecada. Mas a solução para superar isso está nos investimentos públicos”, explicou. É preciso atualizar o conceito, pegar o que aprendemos e avançar. Baixar juros, taxar impostos e alterar as alíquotas do imposto de renda foram apontadas pelo professor como oportunidades para mudanças.

"É possível um projeto autônomo de desenvolvimento? Globalização e financeirização são entraves a um projeto de desenvolvimento?”, provocou ao citar o plano Brasil Nação, liderado pelo economista Bresser Pereira, como uma alternativa de projeto.

Fonseca ressaltou que "estamos perdendo uma das poucas coisas que tivemos”: o crescimento com o distribuição de renda. "A atual política já está demonstrando o que significa, pois estamos numa reversão e podemos voltar muito atrás do pouco que conseguimos”, concluiu.

Olhar o movimento sindical

A secretária nacional de Formação da CUT, Rosane Bertotti, contou como se deu a construção do congresso extraordinário. "Estamos num momento único da nossa história. Talvez, o momento mais difícil”, afirmou.

*CUT/RS