Corrupção | 20/02/2017 | 11:02:24
Senado e Câmara devem blindar alvos da operação Lava Jato
Congressistas agora concentram esforços para atuar nos conselhos
 

Na iminência do impacto das delações da Odebrecht, que devem atingir uma centena de políticos, o Congresso já articula uma blindagem interna para preservar senadores e deputados ameaçados pela Lava Jato; o objetivo agora é concentrar esforços para estancar as investigações nos conselhos de ética das duas Casas, que funcionam como "tribunais" legislativos, responsáveis por recomendar ao plenário a cassação ou não do mandato de um deputado ou de um senador pela chamada quebra do decoro parlamentar; tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, como o do Senado, Eunício Oliveira, aparecem nas delações da empreiteira.


Prestes a ser atingido pelo tsunami de acusações das delações da Odebrecht, o Congresso prepara uma blindagem interna para preservar senadores e deputados ameaçados pela Lava Jato. O front agora são os conselhos de ética das duas Casas, que são espécie de "tribunais" legislativos, responsáveis por recomendar ao plenário a cassação ou não do mandato de um deputado ou de um senador pela chamada quebra do decoro parlamentar. Os congressistas agora concentram esforços para atuar nos conselhos e restringir, por lá, o impacto das delações.

As informações são de reportagem de Ranier Aragon, Daniel Carvalho e Débora Álvares na Folha de S.Paulo.

"Tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quanto o do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), são citados na delação da Odebrecht. Os dois políticos negam irregularidade.

Os conselhos de ética da Câmara e do Senado terão suas novas composições definidas após o Carnaval.

O do Senado é composto por 15 parlamentares e deve ser comandado pela sexta vez por João Alberto Souza (PMDB-MA), ligado ao ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP).

Já o Conselho de Ética da Câmara é composto por 21 deputados. Assim como no Senado, o colegiado terá novos integrantes indicados pelos partidos após o Carnaval e, depois disso, os indicados elegem o presidente."

*Brasil 247