Bancos | 24/10/2016 | 16:10:35
Impasse marca nova rodada de negociação com o Santander
Trabalhadores exigem avanços para fechamento do Aditivo
 
 

Prosseguem sem avanços as negociações entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) com a direção do Santander sobre o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Na quinta 20, os negociadores do banco não trouxeram respostas às reivindicações dos trabalhadores, mesmo estando com a pauta desde maio. Afirmaram apenas que voltariam a analisar temas do documento. Não há data para nova rodada.


Os dirigentes sindicais insistiram que os funcionários têm de receber valores maiores que em anos anteriores pelo Programa Próprio de Remuneração Santander (PPRS); que o valor das bolsas de estudos tem de ser reajustado e que as metas sejam factíveis e não sofram alterações de uma hora para outra.

Outro ponto considerado relevante pela COE é que o Santander volte a considerar os filhos com idade de 21 a 24 como dependente do funcionário no plano de saúde. De forma unilateral, o banco os enquadrou como agregados, obrigando muitos bancários a retirá-los do convênio médico devido ao alto custo financeiro.

Aposentados cobram abono – Outro ponto da negociação foi a remuneração de cerca de 6 mil funcionários aposentados pelo Banespa. Esse grupo tem assegurado em acordo que os resultados das campanhas salariais sejam utilizados para corrigir os complementos de seus benefícios.

Para o acordo deste ano, os bancos – entre eles o Santander – propuseram o índice de 8% mais abono de R$ 3.500 para os salários. No entanto, o banco espanhol se nega a pagar o abono aos aposentados.

"O impasse na negociação é fruto da má vontade do banco espanhol de abordar de maneira positiva as reivindicações apresentadas. A nossa pauta não foge à realidade da instituição e algumas questões sequer implicam em grandes reflexos financeiros para o Santander. Vamos pressionar para que o Banco agende uma nova reunião, mas desta vez com encaminhamentos concretos para o fechamento do Aditivo”, avalia o representante gaúcho na COE e diretor do Sindicato dos Bancários do Litoral Norte, Bino Köhler.

*SP/Bancários com edição da Fetrafi-RS