A presidente Dilma Rousseff fez um discurso de esperança e
de motivação à luta durante Ato pela Democracia, no Teatro dos Bancários, em
Brasília, na noite desta quarta-feira 24, organizado pela Frente Brasil
Popular. |
"Do mesmo jeito que
eu lutei contra a ditadura e resisti, e ganhamos, porque implantamos a
democracia, dessa mesma maneira nós vamos aprofundar a democracia no Brasil,
nós vamos avançar. E para isso só tem um jeito: nós temos que ter esperança”,
discursou a presidente. "Teremos que continuar lutando”, reforçou.
A atividade aconteceu um dia antes do início do julgamento
final do processo de impeachment no Senado. Nesta quinta-feira começam a serem
ouvidas as testemunhas de defesa e de acusação. Dilma deve ir pessoalmente ao
Senado na próxima segunda-feira, dia 29, e então ocorrerá a votação final sobre
seu afastamento.
"Defenderei a democracia e interesses do povo, mas,
sobretudo, construir instrumentos para que nunca mais aconteça o vivemos”,
declarou. Dilma disse que achou”que nunca mais viveria um processo
arbitrário, mas a democracia não está garantida. A gente sempre tem que lutar”.
Em sua fala, Dilma também pediu a regulação da mídia, assim
como há regulação em vários outros setores do mercado, destacou a presidente.
Dilma lembrou os 62 anos da morte de Getúlio Vargas e declarou: "Eu não tenho
que renunciar. Eu não tenho que me suicidar”.
Para a presidente eleita, "temos que ser capazes de resgatar
a democracia”, pois "um golpe nesse sentido, mesmo ainda não concluído, deixa
marcas profundas. E a principal é a ruptura democrática”. Segundo ela, "é
necessário uma reeleição para se recompor todas as instâncias democráticas do
nosso país”. *CUT/RS |