A expectativa é que o dólar tenha um posicionamento estável,
representando um equilíbrio industrial que favoreça o desenvolvimento da
indústria brasileira.
"Devemos aproveitar este momento para reposicionar a moeda
americana num patamar que permita, simultaneamente, um poder de compra
protegido, principalmente pela indústria, que tenha a capacidade de ser
dinâmica, criando empregos, gerando bons salários, e essa dinâmica formando
proteção a eles”, comenta Ganz Lúcio.
O diretor técnico também afirmou que há dois motivos para a
avaliação do dólar afetar a economia nacional: por conta da crise econômica
internacional, ou pela pressão política, na qual os especuladores atuam para
maximizar ou defender seus recursos, fazendo com que a moeda varie.
Para Ganz Lúcio, a desvalorização do dólar tem dois
aspectos. "De um lado, a desvalorização desta moeda é importante, para que
tenhamos capacidade de exportar e colocar nossos produtos na economia
internacional. Porém, criam-se alguns mecanismos defensivos contra as importações,
que diminuem a amplitude produtiva brasileira, já que com a moeda americana
valorizada, a nossa indústria não consegue concorrer com os preços
internacionais, havendo um desequilíbrio entre eles com as demais economias de
outros países."
De acordo com Ganz Lúcio, grandes países, como a China,
teriam facilidade para colocarem seus produtos no Brasil, promovendo uma
concorrência desleal com as empresas brasileiras.
"Há uma desvalorização importante, que valoriza nossa
indústria, sendo fundamental para mantermos nossos empregos e a dinâmica
econômica do nosso crescimento”, explica o diretor técnico.
Além disso, acontece um movimento especulativo, no qual
rentistas com dívidas ou créditos em dólar atuam contra a moeda.
"É uma disputa importante da política econômica, e
precisamos estar atentos a este posicionamento que fragiliza a economia,
principalmente, por conta do posicionamento dos especuladores que agem contra o
próprio real”, afirma. *
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