"A redução dos postos
de trabalho bancário continua. Estamos aguardando o resultado do primeiro
semestre para avaliar o que os bancos estão pretendendo e depois planejar
nossas ações. Se houver qualquer desaceleração nos seus lucros, os bancários é
que vão pagar o pato”, avaliou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der
Osten.
Entre janeiro e março de 2016, de acordo com o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, os bancos brasileiros fecharam
2.454 postos de trabalho no Brasil, sendo 1.671 postos fechados, apenas no mês
de março.
Doze estados apresentaram saldos negativos de emprego. Os
maiores cortes ocorreram em São Paulo, com 1.613 cortes (65,7% do total) e no
Rio de Janeiro, com 570 cortes (23,2%). Os estados com maiores saldos positivos
foram Pará e Pernambuco, com geração de 89 e 71 novos postos de trabalho
bancário, respectivamente. Apenas as regiões Norte e Nordeste apresentaram
saldo positivo de janeiro a março desse ano.
A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os
Bancos Múltiplos com Carteira Comercial fecharam 2.035 postos de trabalho.
Desse total, a Caixa respondeu pelo corte de 449 postos.
Desigualdade entre Homens e Mulheres
As 2.855 mulheres admitidas nos bancos nos três primeiros
meses de 2016 receberam, em média, R$ 3.050,52. Esse valor corresponde a 76,5%
da remuneração média auferida pelos homens contratados no mesmo período (de R$
3.986,98).
A diferença de remuneração entre homens e mulheres é mais
acentuada no desligamento. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido
nos bancos em janeiro e março recebiam R$ 5.428,21, o que representou 70,3% da
remuneração média dos homens que foram desligados dos bancos no mesmo período,
que foi de R$ 7.722,68.
Faixa Etária
Os bancários admitidos no período analisado concentraram-se
na faixa até 29 anos, com saldo positivo de 1.527 postos. Por sua vez, nas
faixas acima dos 30 anos o saldo foi negativo em 3.981 postos de trabalho.
Confira aqui tabelas
e gráficos da pesquisa.
*Contraf/CUT com Dieese
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